Há algum tempo escrevi um textinho e hoje posto aqui para vcs.
Uma passagem...
Uma passagem...
Cada dia mais chego à conclusão de que estamos nesse mundo apenas de passagem. Embora seja uma postura muito cômoda e radical dizer que "o futuro a Deus pertence", em alguns momentos sou obrigada a acreditar nessa afirmação. Claro que temos o dever de lutar pelo que acreditamos, e isso é o mínimo que se pode esperar de nós, humanos. É que às vezes tenho a nítida impressão de que somos apenas peças em um imenso tabuleiro, movidas por uma força muito maior e inexplicável (que eu, particularmente, chamo de Deus).
O importante é realmente não desistir jamais. Podemos ser peças sim - nas mãos de Deus - mas pelo livre arbítrio, ele espera que nós possamos escolher nossos caminhos, e lutar para viver melhor. Nos deu inteligência suficiente para isso, embora às vezes a gente se sinta fraco com tantas coisas contra, mas não podemos deixar que as coisas ruins nos contagiem.
Nada como enxergar o mundo através de uma perspectiva diferente. Se o mundo anda muito igual, mudemos nós!
Muitas vezes uma pequena atitude, como, dizer: Ei!, eu te amo; um beijo fora de hora e lugar; um sorriso num momento muito preocupante, pode fazer o resultado da atitude mudar totalmente. Porque hoje em dia todo mundo culpa a globalização e a correria pela falta de cumplicidade, a falta de preocupação, a falta de estar presente... tudo é culpa do dia-a-dia, quando “nós” podemos nos renovar a cada dia.
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Certamente o mundo está cheio de pessoas admiráveis, mas raras são às vezes em que paramos para reconhecer o quão importantes são essas pessoas para a humanidade, para o país ou simplesmente para nossas vidas. Estamos tão acostumados a apenas criticar, criticar e criticar, que muitas vezes passamos vários dias sem abrir a boca para elogiar alguém. Já repararam? O elogio se tornou algo descrente, difícil de acontecer...
A vida pode e deve ser mais simples! Será que não somos “nós” que complicamos e dificultamos o que queremos dela. Nós, humanos, temos o poder de sentir, falar, pensar, cheirar, tocar... e porque será que no relacionamento interpessoal fazemos tão pouco, nos abraçamos pouco, demonstramos pouco os sentimentos, elogiamos pouco... tudo está na medida da correria, os relacionamentos estão superficiais. E o pior é que todos acham que estão fazendo muito.
Bom, o que penso é que dá para ter um mundo melhor, desde que não haja desculpas, tantas fraquezas, insegurança e ser quem realmente gostaria de ser, fazer o que gostaria mesmo de fazer... procurar a vida que gostaria de ter.
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa insatisfação, nossa dor, não vem dos fatos vividos, mas dos sonhos que não foram cumpridos.
Por que sofrer tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque ao sofrer, esquece-se automaticamente o que foi desfrutado? Passa-se a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostariam de ter conhecido ao lado do amor e não conheceram, por todos os filhos que gostariam de ter tido junto e não tiveram, por todos os shows e livros e silêncios que gostariam de ter compartilhado, e não compartilharam. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida. Porque não pensar apenas nos bons tempos vividos? E deixar apenas aquela saudade gostava pairar no pensamento? Porque se desgastar tanto?
Como diminuir essa dor? Pra mim, para diminuir deve-se viver muito mais e se iludir muito menos. O mundo da ilusão, dos sonhos é lindo, mas tem que saber que nem sempre o mundo dos sonhos se torna realidade e não se afundar ao descobrir isso.
A felicidade nos acompanha a todo instante, está cara-a-cara com a gente, basta saber enxergá-la e também saber realmente o que é a felicidade pra você. A felicidade do outro não vai ser a sua, então busque do que deseja, do que quer para sua vida, seja você!
Fotos: Reprodução
Beijocas,
Tatá
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