quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Na língua de Camões



Mas que ideia (é, sem acento mesmo) essa da reforma ortográfica, vejam vocês. Depois de anos a fio estudando para fixar as regras da língua portuguesa (que, cá pra nós, era cheia de exceções), tudo muda. E lá vamos nós aprender tudo de novo. Tira um acento aqui, coloca um hífen ali, junta uma palavra acolá. Lembra das letras k, w e y? Pois é, elas agora também fazem parte do nosso alfabeto. E o trema? Ih, esse já era. Parando pra pensar friamente, as mudanças nem são tantas assim, mas suficientes para confundir a cabeça de milhões de pessoas. No entanto, o que mais me preocupa no momento é que nós, comunicólogos, somos os responsáveis por disseminar essa informação para o público por meio de matérias em jornais e revistas que, por sinal, já devem estar dentro dos novos padrões. Mas veja que ironia: depois de anos de experiência, um jornalista que já se sentia autossuficiente (isso mesmo, com 2 ‘s’) na arte de escrever, agora tem como companheiro constante um guia com as novas regras. Será que o tempo vai nos trazer de volta a independência dos manuais ortográficos? Será que a nova reforma vai mesmo unificar a língua portuguesa? Ainda é cedo para saber. Sendo assim, cabe a nós, pobres mortais, esperar e nos adaptar às mudanças...

E viva a língua de Camões!

Beijos,

Sânia Motta

2 comentários:

Danielle Masi disse...

q texto bom, amiga! mas é isso mesmo. estamos cheios de questionamentos agora, como se não bastassem os nossos problemas diários, agora temos mais esta preocupação: reaprender a escrever.
acontece que olhando os manuais eu desconheço meu idioma, e eu gostava tanto do português brasileiro...ele nos dava identidade, era o português do brasil.
pq temos que ser iguais aos outros países de língua portuguesa se somos tão diferentes nos costumes?
penso que cada identidade deve ser preservada, assim como os dialetos e as expressões diferentes, é isto que nos enriquece.
se o meu brasil - de norte a sul - tem tanta diversidade imaginem os outros países. e não adianta unificar pq cada lugar tem a sua peculiaridade e a língua é viva, ela vai se modificando conforme os hábitos locais. então daqui a alguns anos mais reformas?

os gramáticos moderninhos querem mostrar trabalho? pergunto. e os imortais tão tradicionais aderiram à reforma. realmente, parece que a galera da academia não tem mais o que fazer!

bjinhos pessoas

danielle masi

Talita Barroco disse...

É amiga, vc soube expressar muito a nova fase do português no Brasil. Não aceito essa reforma, acho que poderíamos sim, reformular algumas coisas para melhorar o aprendizado na escolas mas não para padronizar a lingua com outros países.

Apesar do Inglês ser universal, existe as diferenciações entre os países, como: Inglaterra, EUA, Austrália, entre outros. Todos falam inglês mas tem a sua especificidade...

Oh mundialização de m...

Parabéns amiga!
Bjs
Tatá