quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A nova era... será?

Nesta última terça-feira (20), os Estados Unidos, novamente parou! Desta vez, não por causa de um ataque terrorista como em 11 de setembro de 2005, que deixou o país desestabilizado, mas sim por uma união que moveu multidões até Washington DC, para acompanhar um momento histórico: a posse do novo presidente Barack Hussein Obama. Aos 47 anos, Obama é o 44° presidente dos Estados Unidos. Porém, o que tornou sua candidatura seguida de sua eleição tão assistida e aprovada é que, não só pela primeira vez se tem um homem negro no poder como o mesmo provém de raízes humildes, digamos “do povo”, quebrando a tradição de eleições por poder e classe social. O que dá a sensação às pessoas de que serão compreendidas melhor e que suas angústias e problemas talvez sejam amparados a partir de alguém que obtenha um conhecimento de vivência, de quem já passou por aquilo. De todas as cidades, lugares onde havia sinal de alguma tecnologia digital, aglomerados de cidadãos ouviam, em silêncio com atenção as palavras bem intencionadas de alguém que aparentemente demonstrou princípios desde a candidatura. Seu discurso que durou em média 20 minutos emocionou os eleitores e fez reflexivos todos ali presentes. Falando em crise econômica, trazer paz para a guerra no Oriente Médio, repensar as fontes de energia alternativa, forçar os países ricos a abrirem os olhos para seus “vizinhos” mais necessitados e dar-lhes acolhida financeira e prometendo revitalizar o país com o que Obama chamou de “nova era”, que é tornar novamente os EUA o centro de ideais. Aliás, as palavras “nova era”, “novo” e “nação” foram usadas repetidamente em seu discurso, como uma forma não só de remeter às pessoas a um passado não muito distante de como eram, uma superpotência mundial e centralizadora de poder, mas para lembrar que todos juntos, cada um fazendo sua parte, podem voltar a ser o que eram, senão melhor para si e para o mundo. Abrir caminhos, expandir horizontes, adquirir novos olhares, este era o recado! Um belo discurso, apoiado no patriotismo e incentivado pelo desestimulo coletivo dos cidadãos pelas sucessivas crises e desastres econômicos, políticos e sociais do país; apoiado também na história do país, visto que seu juramento foi feito sob a mesma Bíblia que usou Abraham Lincoln. Diplomático, ninguém pode dizer que o novo presidente não é, pois em sua cerimônia de posse, convidou seus antecessores no cargo, mesmo aqueles com quem não tinha um bom relacionamento. À frente da TV, me peguei fazendo comparações ao nosso governo brasileiro, onde também, nosso atual presidente Lula, em sua primeira eleição foi ovacinado por seu eleitores, crentes nas promessas de mudanças feitas em sua candidatura, por alguém que surgia "do povo". Mas, boas intenções a parte, estes bons samaritanos do país se esquecem de que "uma andorinha só não faz verão" e que sem apoio, aliados políticos e estratégias e ações em conjunto com os poderes municipais, estaduais e federais, dificilmente iremos sanar os problemas e as crises que mais assolam os países e tiram o sono da população, independente de que língua esta resolva falar. Não sou nenhuma vidente, e nem quero ser pessimista, mas assim como seguiu com o Lula, vejo no Obama já, de início, um grande erro: ele anteviu promessas, mas sem estruturar um plano de contingência para verificar se realmente serão hábeis de execução. Um erro, uma promessa não cumprida, um cálculo mal feito e pronto... de favorito à crucificado. Mesmo com justificativa! No entanto, no momento, são só promessas, nada foi feito, ainda. Alguns contatos, muitas vontades, inúmeros planos, mas por enquanto... só! Os confiantes eleitores aguardam ansiosos seus primeiros atos, mas o mundo já diz para Obama, de uma forma que é quase inegável de ver, que não será fácil e cheio de rosas o caminho de luz que ele quer implantar. Mas a convicção e a força de vontade, vale ressaltar que é um ponto positivo ao seu redor. Mas, no entando, antes da demasiada euforia, temos que esperar para crer. Àqueles que acreditam, continuarão acreditando, mesmo que as soluções e as mudanças continuem não acontecendo, prova disto é a reeleição do Lula, dois mandatos ao todo. Mas assim como Obama, os dois esperançosos em conseguir realizar o sonho de tornar seus países em nações dignas e recuperar os valores e o orgulho em ser cidadão. Que 20 de janeiro não seja apenas um marco na história dos EUA, mas também um dia de grande reflexão para nós, brasileiros, um pouco abaixo no continente, para que repensemos nosso poder de voto e escolha e na força que temos juntos para tentar fazer realmente o que achamos o melhor para nós e nosso país, cheio de riqueza, força e vontade de viver, de um povo sofrido, com muita história para contar e outras tantas para escrever. Se inspirar (pelo menos nisto) nos americanos e sermos patriotas, participarmos da vida do país, em vez de só criticar e atirar pedras. E assim como Obama, que encerra seu juramento, eu encerro meu texto pedindo: "so help me God“ (com a ajuda de Deus, em tradução livre).

Bjs a todos,

Fê Miceli

PS: Desculpas, mais ainda não me adaptei totalmente a nova reforma ortográfica. Portanto, peço encarecidamente, que desconsiderem algum acento fora de lugar, rs. Bom, pelo menos o chapeuzinho do meu nome permanece, rs.

Um comentário:

Talita Barroco disse...

Acho que o mundo está colocando muitas expectativas num homem s[o, sendo para haver mudanças proporcionais ao nosso Planeta, todos devem colaborar.
O Obama aparenta ser um homem de bom cárater e que vai tentar modificar o que puder, mas como nada se faz sozinho, ainda mais na politica...
Vamos esperar para ver o que acontece.

Bjs
Tatá