sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ser feliz ou ter razão?

Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber:

- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...

E ela diz:

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Depois de ler esse texto a gente pode até questionar: "Quero ser feliz ou ter razão?".

Conheço pessoas que são felizes quando brigam, se realizam quando impõem a própria vontade, que querem derrubar o outro na marra. Quem nunca presenciou uma cena de alguém dizendo com orgulho: "eu avisei!"?

Já fui muito turrona, hoje estou descobrindo uma Dani que só briga, aliás, 'cai matando' quando está com sono ou fome. Parece engraçado, mas estas são as únicas coisas que me irritam mais do que tudo no mundo. Na minha profissão tive que aprender a tratar com gente deselegante, gente que se acha elegante, mas na verdade é arrogante, gente mal educada, gente sem instrução (o que considero bem diferente), e por aí vai.

Tempestuosa, sanguínea (praticamente hemorrágica) no temperamento, aprendi que me desgasto muito batendo de frente, tomando dores, atitudes de quem "está com a razão", mas sei que isso só aumenta o 'quebra-pau'. Em 2008 descobri nos conflitos de trabalho, com superiores, com subordinados e colegas que explicar uma vez basta, é possível se impor com brandura. Me surpreendi totalmente perplexa com a nova descoberta: "Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro".

Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.

Tomara que em 2009 eu consiga exercitar mais o SIMPLES 'prefiro ser feliz' em vez do ORGULHOSO 'ter razão'.

Beijos pessoas!

Danielle Masi

2 comentários:

Talita Barroco disse...

Muito certo esse texto amiga. A felicidade está em nossas mãos, basta ter mais paciência, tranquilidade, simplicidade e amor na mente e no coração.
Se pensarmos duas vezes antes de qq coisa, com certeza falaremos mais...

Esse ano é o ano do menos...
Menos comida, Menos bebida, Menos stress, menos tudo...

Bjussss

Sânia Motta disse...

Simplesmente ameiiiiiiiiiiiii...